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Putin aprova orçamento militar com aumento de 25% e maior sigilo da história pós-soviética


O presidente russo, Vladimir Putin, aprovou o orçamento militar da Rússia para o período de 2025 a 2027. O plano inclui um aumento significativo de 25% nos gastos militares em 2025 e torna-se o mais sigiloso desde o fim da União Soviética, com quase um terço das despesas totais do governo sendo mantidas em segredo.

Segundo o governo russo, o orçamento foi desenhado para atender às demandas da chamada “operação militar especial” na Ucrânia, além de dar prioridade ao suporte às forças armadas, às políticas sociais e ao desenvolvimento tecnológico. Apesar do aumento nos gastos militares, o orçamento foi apresentado como “equilibrado”, com uma redução prevista no déficit fiscal para 0,5% do PIB em 2025, frente aos 1,7% estimados para 2024. A dívida pública deverá permanecer abaixo de 20% do PIB nos próximos três anos, segundo o governo.

A Guerra na Ucrânia: escalada e desafios

O conflito na Ucrânia, iniciado com a invasão russa em fevereiro de 2022, segue em um momento de alta tensão. No início da ofensiva, tropas russas avançaram por três frentes — a fronteira russa, a Crimeia e Belarus —, mas enfrentaram forte resistência. A Ucrânia conseguiu manter Kiev sob controle, apesar dos ataques iniciais.

A guerra tem sido alvo de críticas e sanções econômicas de países ocidentais, o que intensificou o isolamento da Rússia no cenário internacional. Em outubro de 2024, a situação alcançou um momento crítico após a Rússia usar um míssil hipersônico de alcance intermediário em território ucraniano. O armamento, que carregava ogivas convencionais mas é projetado para transportar cargas nucleares, marcou uma escalada significativa no conflito.

O ataque ocorreu em resposta a ofensivas ucranianas dentro do território russo, realizadas com armas fornecidas por aliados ocidentais como Estados Unidos, Reino Unido e França.

Aliados e estratégias militares

Outro ponto de controvérsia é o suposto envolvimento de tropas norte-coreanas ao lado da Rússia no conflito, uma acusação feita por serviços de inteligência ocidentais. Tanto Moscou quanto Pyongyang têm evitado confirmar ou negar o relato.

O presidente Putin, que substituiu o ministro da Defesa russo em maio de 2024, afirmou recentemente que as forças russas estão atuando com mais eficácia e que os objetivos militares na Ucrânia serão alcançados. Entretanto, ele não detalhou quais seriam esses objetivos.

Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acredita que os principais alvos da Rússia sejam o controle total da região de Donbass, que inclui Donetsk e Luhansk, e a expulsão das tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, que Kiev ocupa parcialmente desde agosto.

Com milhares de mortos e uma escalada constante nas tensões, o conflito na Ucrânia continua sendo um dos maiores desafios à estabilidade global.

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