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Polícia sul-africana enfrenta impasse com centenas de mineradores ilegais em mina desativada


A polícia sul-africana enfrenta um impasse nesta quinta-feira (14) com centenas de mineradores ilegais que estariam no subsolo de uma mina desativada. Na véspera, um ministro havia declarado que o governo estava determinado a “expulsá-los”.

Por semanas, agentes vêm tentando desocupar essa mina de ouro abandonada, localizada na província de Noroeste, como parte de uma ofensiva contra a mineração ilegal. Essa atividade, há décadas, representa um problema grave no país, alimentando pequenos furtos e organizações criminosas estruturadas.

Após a polícia cortar o fornecimento de alimentos e água, mais de mil mineradores clandestinos deixaram o local, mas segundo o porta-voz Athlenda Mathe, ainda há centenas de trabalhadores ilegais que permanecem no subsolo. Durante a ação nesta quinta-feira, um corpo em estado de decomposição foi encontrado, e patologistas foram chamados para o local.

Na quarta-feira (13), ao ser questionada sobre a possibilidade de o governo auxiliar os chamados “zama-zamas” — termo local para mineradores ilegais, inspirado na palavra zulu para “arriscar” —, a ministra da Presidência Khumbudzo Ntshavheni foi direta: “Não estamos enviando ajuda aos criminosos. Vamos expulsá-los”.

Autoridades da polícia e do exército estão programadas para visitar a região na sexta-feira (15) para “reforçar o compromisso do governo em encerrar essa operação de forma segura e legal”, conforme um comunicado oficial. Estima-se que a mineração ilegal de ouro cause prejuízos de centenas de milhões de dólares ao governo e à indústria sul-africana a cada ano, em razão de vendas não registradas, impostos e royalties perdidos.

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