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Grupo de direitos humanos relata liberação de prisioneiros políticos na Venezuela


Pelo menos 10 pessoas detidas durante os protestos que ocorreram após a eleição presidencial de julho na Venezuela foram libertadas neste sábado (16), de acordo com informações do grupo local de direitos humanos Foro Penal.

Alfredo Romero, diretor da organização, relatou em sua conta no X que as liberações começaram na manhã de hoje. Até o momento, 10 prisioneiros foram soltos da prisão de Yare III, enquanto um número não especificado de detidas na prisão feminina Las Crisalidas também recebeu liberdade. O Foro Penal acredita que mais liberdades poderão ocorrer ao longo do dia.

Desde a polêmica eleição de 28 de julho, que garantiu ao presidente Nicolás Maduro mais um mandato de seis anos, mais de 1.800 pessoas foram presas, segundo o Foro Penal. A vitória de Maduro, que está no poder desde 2013, foi marcada por acusações de irregularidades, gerando protestos intensos, alguns dos quais resultaram em mortes e confrontos violentos.

Os protestos deixaram pelo menos 28 mortos e cerca de 200 feridos, de acordo com informações do procurador-geral Tarek Saab. Ele anunciou na sexta-feira (15) que revisaria 225 casos de prisões, uma iniciativa que Maduro também havia solicitado recentemente, ao pedir que as autoridades verificassem possíveis erros em detenções.

Em setembro, mais de 80 adolescentes que haviam sido presos durante as manifestações foram soltos, informou o Foro Penal. Ainda assim, familiares e ativistas afirmam que muitos dos detidos não estavam envolvidos nos protestos, além de relatarem casos de tortura durante as detenções.

A liberação de prisioneiros é vista como parte de um esforço para amenizar as críticas internacionais sobre a repressão na Venezuela, embora as organizações de direitos humanos mantenham o alerta para casos de abusos e a necessidade de maior transparência no processo judicial.

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