11/10/2024 05:46:00 PM
Na última sexta-feira (8), Beyoncé, de 43 anos, prestou homenagem a Linda Martell após a cantora de música country ser indicada ao Grammy Awards na categoria de Melhor Performance de Rap Melódico. Martell concorre com a faixa “Spaghettii”, onde sua voz é creditada ao lado de Shaboozey e de um sample de “Crazy In Love” da própria Beyoncé.
Conhecida por seu recorde de indicações ao Grammy, Beyoncé usou o Instagram para expressar sua admiração por Martell, compartilhando uma imagem da pioneira do country e reconhecendo sua importância para o gênero. “Parabéns à minha rainha Linda Martell por sua indicação e por sua contribuição à música country”, escreveu a cantora, ressaltando o impacto de Martell na história do country.
A trajetória de Linda Martell
Linda Martell, nascida Thelma Bynem em 1941, na Carolina do Sul, enfrentou obstáculos significativos nos anos 1960 ao tentar construir uma carreira no country, um gênero dominado por artistas brancos. Crescendo em um sul segregado, ela inicialmente cantou soul e R&B antes de expandir para o country, onde se deparou com resistência e racismo.Em uma entrevista à Rolling Stone em 2020, Martell relatou como era enfrentar o público hostil: “Enquanto você cantava, eles gritavam ofensas – você sabe quais nomes eles usavam para se referir a você”, revelou a cantora.
A virada em sua carreira veio quando William “Duke” Rayner, dono de uma loja de móveis e fã de sua música, conectou Martell com o produtor Shelby Singleton Jr., conhecido por suas ideias progressistas e visão de ampliar os horizontes musicais.
Singleton acreditava que o country e o R&B tinham mais em comum do que muitos percebiam. “Ritmo e blues e música country são gêneros paralelos”, afirmou Singleton. “O importante é abrir o caminho para que as pessoas escutem ambos os estilos.”
Com esse suporte, Martell gravou rapidamente um álbum, incluindo um cover de “Color Him Father” dos The Winstons, que alcançou a 22ª posição nas paradas de música country. Em suas palavras, Martell explicou a razão de sua conexão com o gênero: “Música country conta uma história. Quando você canta algo e sente isso, é algo muito especial. Eu gravei muitas músicas country e amei cada uma delas, porque cada música conta uma história.”
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