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Trump afirma que vetaria proibição federal ao aborto se for reeleito

Ex-presidente diz que decisão sobre o aborto cabe aos estados


O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na terça-feira (01/10) que vetaria qualquer tentativa de implementar uma proibição federal ao aborto, caso seja reeleito. A declaração foi feita em uma postagem na sua plataforma Truth Social, durante o debate vice-presidencial transmitido pela CBS entre o senador republicano de Ohio, JD Vance, e o governador democrata de Minnesota, Tim Walz.

“Todos sabem que eu não apoiaria uma proibição federal ao aborto, sob nenhuma circunstância. Na verdade, eu a vetaria, porque essa é uma questão que deve ser decidida pelos estados, com base na vontade de seus eleitores!”, escreveu Trump, em letras maiúsculas. Ele também declarou apoio às exceções em casos de estupro, incesto e risco à vida da mãe, uma posição que comparou à do ex-presidente Ronald Reagan.

Trump, que será o candidato do Partido Republicano na corrida presidencial de 2024, já havia dito anteriormente que não assinaria uma lei federal proibindo o aborto. No entanto, durante um debate com a vice-presidente Kamala Harris, no mês passado, ele evitou se comprometer diretamente com o veto, afirmando que não acreditava ser necessário tomar essa medida.

No debate recente, quando questionado sobre um comentário de JD Vance à NBC News de que Trump vetaria uma proibição federal, o ex-presidente disse que não havia discutido o assunto com Vance e não acreditava que ele estivesse “falando em seu nome”.

A questão do aborto tem sido um ponto de contraste importante na eleição de 2024, com a vice-presidente Kamala Harris apresentando vantagem clara entre as eleitoras, especialmente nos estados considerados decisivos. Os direitos reprodutivos têm sido um dos temas centrais da campanha democrata, que frequentemente aponta para as restrições ao aborto que surgiram após a revogação da decisão Roe v. Wade pela Suprema Corte em 2022, resultado de uma maioria conservadora formada por juízes nomeados por Trump.

Desde essa decisão, o aborto se tornou um fator central em várias eleições, com os defensores dos direitos reprodutivos obtendo vitórias em votações estaduais, inclusive em estados tradicionalmente republicanos. Trump, por sua vez, tem tentado adotar uma postura de “protetor” das mulheres, sugerindo que o aborto deixaria de ser uma preocupação para as americanas caso ele seja eleito novamente.

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