10/29/2024 05:42:00 PM
Teri Garr, atriz indicada ao Oscar e conhecida por papéis marcantes em filmes como “O Jovem Frankenstein”, “Tootsie” e “Profissão Doméstico”, faleceu aos 79 anos. Sua morte foi confirmada por seu empresário, Marc Gurvitz, nesta terça-feira (29/10), em Los Angeles. Garr viveu mais de duas décadas após ser diagnosticada com esclerose múltipla, uma condição que se tornou pública em 2002 quando, em entrevista, ela buscou aumentar a conscientização sobre a doença.
Na ocasião, Garr relatou o impacto de receber o diagnóstico depois de anos de consultas médicas sem explicações para os sintomas. “Acho que todo mundo fica assustado e com medo ao ouvir algo assim”, disse, mencionando as dificuldades para obter informações sobre a doença na época.
Filha de uma artista da Broadway e de uma dançarina Rockette, Garr começou cedo no mundo do entretenimento. Ainda jovem, estudou dança em Los Angeles e iniciou a carreira como figurante em filmes, incluindo o clássico “Viva Las Vegas” de Elvis Presley. Seu desejo de estar no centro das atenções a motivou a buscar papéis mais relevantes: “Finalmente perguntei a mim mesma: por que eu não estou na frente? Não estudei todos esses anos para ficar no fundo”.
A década de 1970 marcou o início de um período de sucesso para a atriz, com participações em séries como “The Sonny and Cher Comedy Hour”, “The New Dick Van Dyke Show” e “The Bob Newhart Show”. No cinema, seu papel de destaque veio em 1974 com a comédia “O Jovem Frankenstein”, de Mel Brooks, onde interpretou Inga ao lado de Gene Wilder e Madeline Kahn.
Outros sucessos na carreira de Garr incluem o filme de ficção científica “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” (1977), dirigido por Steven Spielberg, e o icônico “Tootsie” (1982). Sua atuação como a atriz lutadora Sandy Lester, que namora o protagonista de Dustin Hoffman, lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 1983.
Naquele mesmo ano, Garr interpretou Caroline Butler na comédia “Profissão Doméstico”, ao lado de Michael Keaton. Em uma entrevista em 2012, a atriz comentou que não se surpreendia por seus papéis mais conhecidos estarem relacionados à quebra de estereótipos de gênero. “Me incomoda quando escrevem personagens femininas como femme fatales que manipulam para alcançar o que querem”, comentou. “Acho que as mulheres podem usar sua inteligência e humor.”
Durante a década de 1990, Garr continuou a atuar em séries e filmes. No seriado “Friends”, ela deu vida à mãe de Phoebe Buffay (Lisa Kudrow), em três episódios. Nos anos 2000, apareceu em séries como “Felicity”, “Plantão Médico” e “Bom Dia, Bonnie”, além de trabalhar como dubladora.
Seu último trabalho foi em 2011, na série “How to Marry a Billionaire”. Ao longo de sua vida, Garr se manteve otimista e determinada, mesmo com os desafios da esclerose múltipla, e atuou como uma voz ativa em prol da conscientização sobre a doença. “Sempre te dizem que você não é a certa para algo, mas eu sempre me lembrava: sou inteligente, talentosa, sou isso e aquilo!”, refletiu. “Acho que ser determinada foi essencial para seguir em frente e enfrentar a EM da mesma forma.”
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