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Furacão Milton deve custar “várias dezenas de bilhões de dólares” em danos nos EUA, afirma NOAA

Intensificação rápida da tempestade gera preocupação nas áreas afetadas


O furacão Milton, que se intensificou rapidamente, está projetado para causar danos que podem chegar a “várias dezenas de bilhões de dólares”, de acordo com Adam Smith, climatologista da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). A previsão se soma a uma série crescente de desastres climáticos que já impactaram os Estados Unidos este ano.

“Demorará algum tempo até que tenhamos uma noção clara da magnitude dos custos”, disse Smith. O climatologista ressaltou que os impactos das tempestades Helene e Milton poderão custar “um múltiplo de dezenas de bilhões de dólares cada”, em um ano que já registra cerca de 23 ou 24 desastres climáticos extremos de alto custo.

Esses números ainda são preliminares e devem ser atualizados. Smith revelou que a contagem inclui os furacões Debbie, Helene e Milton, que a NOAA planeja adicionar à lista oficial, podendo incluir também um conjunto de tempestades severas que ocorreram neste verão.

Em 2023, os EUA já enfrentaram um recorde de 23 desastres com custos superiores a US$ 1 bilhão até setembro, com um total de 28 desastres ao longo do ano civil, o maior número já registrado. A frequência e a gravidade desses eventos estão pressionando o orçamento federal, especialmente a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA), que recentemente recebeu US$ 20 bilhões para suas operações de resposta e recuperação.

A administradora da FEMA, Deanne Criswell, alertou que a agência precisará de mais recursos do Congresso até dezembro ou janeiro. Sem essa assistência, a FEMA poderá ser forçada a suspender seus esforços de recuperação de longo prazo.

Em Asheville, Carolina do Norte, onde o Centro Nacional de Informação Ambiental (NCEI) da NOAA está localizado, a situação se complicou ainda mais após os impactos do furacão Helene. A cidade está sem água, o que impede o NCEI de resfriar sua infraestrutura de computadores. Como resultado, o centro pode levar semanas para atualizar os relatórios sobre clima, tempo e desastres climáticos de bilhões de dólares.

Intensificação Quase Sem Precedentes

O furacão Milton se intensificou de forma quase sem precedentes, alcançando a categoria 5 devido ao calor recorde das águas do Golfo do México, mas atualmente está classificado como categoria 4. A expectativa é que o furacão cresça em tamanho, o que, mesmo que leve a uma diminuição de categoria, poderá espalhar seus efeitos perigosos por uma área maior. A previsão é que a tempestade atinja a costa do Golfo da Flórida nesta quarta-feira (9), podendo ser classificada como categoria 3.

Milton já foi considerada a tempestade mais forte do planeta em 2024, com ventos sustentados que atingiram 281 km/h. Enquanto isso, o furacão Helene já havia atingido a costa do Golfo da Flórida como uma tempestade antes de se intensificar para categoria 4 nas regiões pantanosas. As autoridades estão alertando os moradores, ainda se recuperando dos danos causados por Helene, para que evacuem ou se preparem para mais uma tempestade potencialmente mortal.

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