10/03/2024 01:38:00 PM
Há uma semana, o furacão Helene atingia a Flórida, devastando cidades e vilarejos ao longo da Costa do Golfo. Milhões de pessoas nas áreas à frente do seu trajeto enfrentaram chuvas intensas, prelúdio de um desastre ainda maior. Os meteorologistas haviam alertado que os impactos seriam sentidos até no interior do país.
Agora, uma semana após a tempestade, o saldo é trágico: 200 pessoas morreram em seis estados, tornando Helene o furacão mais mortal nos Estados Unidos desde o furacão Katrina, em 2005. Sobreviventes ainda tentam processar a destruição deixada pela histórica tempestade, que arrasou suas casas e comunidades. Muitos se mobilizam para ajudar uns aos outros, distribuindo comida e água, além de se organizarem para remover destroços e árvores caídas. Pequenas conquistas, como recuperar o sinal de celular ou encontrar um posto de gasolina aberto, são celebradas.
Quase um milhão de residências e empresas continuam sem energia, segundo o site PowerOutage.us, com grande parte das interrupções concentradas nas Carolinas. A fornecedora Duke Energy relatou que “grandes porções da rede elétrica foram completamente destruídas”, exigindo a reconstrução de partes inteiras da infraestrutura antes que a eletricidade possa ser restabelecida. Em várias regiões da Geórgia e Carolina do Norte, mais de 90% dos clientes ainda estão sem luz, com alguns condados do sul da Geórgia enfrentando apagões em 99% das residências e comércios.
A destruição das estradas também é um grande obstáculo aos esforços de socorro, com centenas de vias ainda interditadas, dificultando o envio de ajuda para as áreas mais atingidas. Algumas localidades estão tão isoladas que os suprimentos têm sido entregues por mulas ou por via aérea. Para os que evacuaram antes do furacão, o retorno para verificar suas casas e reencontrar familiares tem sido adiado pela falta de acesso.
Em Weaverville, Carolina do Norte, uma cidade de cerca de 5.000 habitantes, as condições começam a melhorar, mas ainda estão longe da normalidade, conforme explicou o prefeito Patrick Fitzsimmons. Ele relatou que falava do supermercado, o único lugar da cidade com Wi-Fi funcionando.
Na quarta-feira, o presidente Joe Biden mobilizou 1.000 soldados de Fort Liberty, no leste da Carolina do Norte, para a região oeste do estado, duramente atingida. Biden também visitou as Carolinas, enquanto a vice-presidente Kamala Harris esteve em Augusta, na Geórgia, onde a cidade ainda está sob toque de recolher.
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