10/01/2024 05:30:00 PM
Navios da Marinha dos Estados Unidos, posicionados no Mar Mediterrâneo, interceptaram mísseis balísticos lançados pelo Irã nesta terça-feira (01/10), segundo informações de um oficial de defesa dos EUA. Atualmente, três destróieres de mísseis guiados da frota americana operam no Mediterrâneo Oriental: USS Arleigh Burke, USS Cole e USS Bulkeley. Esses navios, que têm a função de proteger outras embarcações de ataques, também participaram de uma interceptação anterior em 13 de abril, quando mísseis e drones iranianos foram lançados contra Israel.
Na manhã desta terça-feira, os Estados Unidos haviam informado Israel sobre um iminente ataque iraniano, conforme uma fonte familiarizada com o assunto.
Contexto do Conflito no Oriente Médio
O ataque iraniano ocorre em meio à crescente tensão entre o Exército israelense e o Hezbollah, grupo paramilitar libanês apoiado pelo Irã. A ofensiva segue um dia após Israel lançar uma operação terrestre limitada no Líbano, como parte de sua campanha contra o Hezbollah.Israel tem intensificado seus ataques aéreos em território libanês, com o dia 23 de setembro sendo o mais letal desde a guerra de 2006, resultando em mais de 500 mortes. As forças israelenses afirmam que os alvos são membros e instalações militares do Hezbollah, uma das mais poderosas milícias do Oriente Médio, financiada e armada pelo Irã.
Diversos locais no Líbano, incluindo a capital Beirute, foram atingidos, levando milhares de pessoas a buscar refúgio em abrigos e cidades do sul a serem evacuadas. O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense na capital, informação confirmada pelo próprio grupo.
A escalada de violência entre Hezbollah e Israel se intensificou após o início do conflito na Faixa de Gaza, em que o grupo libanês, aliado do Hamas, passou a atacar Israel. O Hamas havia invadido o território israelense em 7 de outubro de 2023, causando a morte de centenas de pessoas e capturando reféns.
Como resultado dos bombardeios, milhares de residentes do norte de Israel, próximo à fronteira com o Líbano, foram forçados a evacuar suas casas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou seu compromisso de garantir o retorno desses cidadãos.
Desde o início do conflito, ao menos dois adolescentes brasileiros foram mortos, fato que levou o Itamaraty a condenar os ataques e pedir um cessar-fogo. Diante do agravamento da situação, o governo brasileiro anunciou uma operação de repatriação de seus cidadãos que estão no Líbano.
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