9/30/2024 05:34:00 PM
O Reino Unido está prestes a se tornar o primeiro país do G7 a encerrar oficialmente a produção de energia a partir do carvão, com o fechamento da última usina em operação, Ratcliffe-on-Soar, localizada em Midlands, na Inglaterra. A planta, operada pela Uniper, será desativada nesta segunda-feira (30/09), marcando o fim de uma era de mais de 140 anos de geração de eletricidade a carvão no país.
Em 2015, o governo britânico anunciou um plano ambicioso para fechar todas as usinas a carvão até 2025, como parte de uma estratégia mais ampla de combate às mudanças climáticas. Naquela época, cerca de 30% da eletricidade do Reino Unido era proveniente do carvão. No entanto, em 2022, essa participação caiu para pouco mais de 1%, refletindo a transição para fontes de energia mais limpas.
Essa queda na utilização do carvão foi fundamental para a redução das emissões de gases de efeito estufa no Reino Unido, que diminuíram mais de 50% desde 1990. O país estabeleceu a meta de alcançar emissões líquidas zero até 2050 e, para isso, planeja descarbonizar completamente seu setor elétrico até 2030. Esse objetivo depende de um aumento significativo no uso de fontes renováveis, como a energia eólica e solar.
Cerca de três quartos das emissões de gases de efeito estufa são gerados pela produção de energia, e especialistas destacam que a eliminação gradual dos combustíveis fósseis é crucial para que as metas do Acordo de Paris sejam atingidas. Em abril, os países do G7 comprometeram-se a abandonar o carvão na geração de eletricidade até meados da década de 2030. No entanto, economias com maior dependência do carvão, como a Alemanha e o Japão, receberam mais tempo para fazer essa transição, o que gerou críticas de ambientalistas.
Atualmente, mais de 25% da eletricidade da Alemanha e mais de 30% da do Japão ainda vêm do carvão, o que contrasta com os avanços do Reino Unido na eliminação dessa fonte de energia poluente.
Comentários
Postar um comentário